Openbox + Conky + Stalonetray
3 mins 20 Nov 2016Em setembro comprei um computador usado e já com mais de anos. Como não tinha certeza se ainda saberia mexer com o Linux, após instalar o Archlinux, escolhi o Gnome como interface gráfica. O computador ficou redondo, rodando perfeito, até com as firulas gráficas e efeitos 3D.
Funcionou tão bem que acabei esquecendo que era um computador velinho. Acabei encontrando motivo pra editar áudios (Audacity/Ardour), gráficos (Dia/Gimp/Inkscape/Draw) e até vídeos (Openshot/Cinelerra). Claro que o computador reclamou, e passou a esquentar muito.
Foi aí que lembrei que há uns 10 anos atrás o meu ambiente preferido tinha sido o Fluxbox. Instalei, configurei e rodei o Fluxbox. Mas ainda não estava confortável. Fluxbox continua sendo ótimo, mas parecia que eu tava precisando de outra coisa ainda.
Lendo sobre o Fluxbox acabei sem querer aprendendo mais sobre o Openbox. Resolvi
só testar, afinal de contas, ele tava só a um $ sudo pacman -S openbox
de
distância.
Quando entrei no Openbox adorei: só uma tela preta. Nenhuma barra, nenhum ícone, e o menu - assim como no Fluxbox - fica escondido, basta clicar com o botão direito do mouse em qualquer lugar da área de trabalho pra ele aparecer.
Em pouco tempo descobri que o Openbox é pode ser configurado em apenas quatro arquivos de texto. Logo criei três atalhos de teclado, um pra abrir o terminal, outro abrir o Firefox e outro pra abrir o menu.
Tudo funcionou direito e fiquei tão focado que esqueci do tempo. Foi aí que me dei conta que, ainda que não gostasse da ideia, precisava de um relógio. Não um escondido que só aparece quando o mouse passa por cima, mas um que ficasse ali, gritando que eu já tava era atrasado.
Demorei muuuuito tempo pra descobri como colocar isso pra funcionar. Não porque fosse difícil, mas porque eu não tinha ideia. No Openbox, é responsabilidade do usuário encontrar e implementar o que for preciso. Por isso, precisei gastar um tempo lendo, pesquisando, lendo e testando diferentes formas.
A melhor opção que achei foi o Conky!
O Conky é capaz de mostrar tudo que for preciso e vem por padrão com um bom arsenal de ferramentas (mostrando dados do uso e abuso do computador).
Era bem tentador ter aquele monte de números e gráficos bem ali na tela. É uma boa forma de entender como que o seu computador funciona, o que ele se dá bem ou não. Mas a busca era por um ambiente livre de distrações e com o mínimo de coisas inúteis ou semiúteis possível.
Se você não acredita no poder do Conky, aqui você pode ter uma ideia do que é possível. Basicamente, com o Conky é possível estilizar e do jeito que for preciso as informações que você quer que apareçam na tela.
Na imagem abaixo você ver o relógio e de um medidor de bateria (canto direito superior):
Ao lado esquerdo, talvez você repare que tem uns ícones azuis, é o Stalonetrayer. Nm-applet, controlando redes wifi, e o Ibus-Anthy para escrever com outros teclados.
Ao lado direito tem o Conky em cima, mostrando de forma bem simples o dia, a
data, a hora e o medidor de bateria (a barra branca significa bateria cheia).
Abaixo, o menu que abre onde o cursor do mouse estiver (configurei o menu para
abrir com as teclas Super
+z
(aquela perto do espaço com as janelinhas e o
z
).
E dá pra ver este artigo aqui sendo escrito com o Neovim, dentro do Gnome-terminal, e com o plugin Goyo (que centraliza o texto). Normalmente escrevo com o Neovim e o terminal em modo de tela cheia (pra poder esquecer do mundo em volta).
Mas, aqui segue outra imagem, dessa vez editando o Rede na Tora com o Neovim:
Por enquanto é isso.
Mas fala aí, como que é o seu ambiente livre de distrações?